«Sois chamados a construir uma Igreja e uma sociedade de portas abertas», Papa Francisco

Na solenidade de São Pedro e São Paulo o Papa Francisco entregou o pálio D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, e a 41 outros arcebispos dos vários continentes

O Papa Francisco pediu hoje aos arcebispos metropolitas a capacidade de serem “pastores zelosos”, capazes de “abrir as portas” da Igreja e da sociedade.

“Em comunhão com Pedro e seguindo o exemplo de Cristo, porta das ovelhas, são chamados a ser pastores zelosos, que abrem as portas do Evangelho e que, com o seu ministério, ajudam a construir uma Igreja e uma sociedade de portas abertas”, afirmou na homilia.

Na celebração da solenidade de São Pedro e São Paulo o papa entregou, no final da celebração, pessoalmente os pálios, símbolo da comunhão com o Papa e a Igreja de Roma, e que haviam permanecido na noite anterior junto ao túmulo de São Pedro.

Aos metropolitas Francisco recordou que os apóstolos fizeram a experiência “de Jesus”, rejeitando uma “espiritualidade intimista, consolatória” e permitindo “que o Senhor abra primeiramente as portas”, o que “leva ao zelo da evangelização”.

“Os dois apóstolos fizeram esta experiência de graça. Tocaram a obra de Deus, que lhes abriu as portas da sua prisão interior e também das prisões reais onde estavam encerrados por causa do Evangelho”, afirmou.

Na sua homilia o papa reforçou a ideia de que Pedro e Paulo, ao abrirem-se ao Senhor Jesus, puderam “experimentar a alegria do encontro com os irmãos e irmãs das comunidades nascentes e levar a todos a esperança do Evangelho”.

Numa referencia à próxima abertura da Porta Santa, para o Jubileu de 2025, Francisco apontou este como “um tempo de graça” que vai permitir que “todos possam atravessar o limiar daquele santuário vivo que é Jesus e, nele, experimentar o amor de Deus que revigora a esperança e renova a alegria”, disse.

No final da homilia o Papa Francisco agradeceu a presença da delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla.

D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, foi o terceiro responsável a receber o pálio das mãos do Papa Francisco.

Já na praça de São Pedro, e em declarações à TV Canção Nova, o prelado português reafirmou que o pálio é sinal “da disponibilidade a servir, a estar próximos do povo”.

“O segundo grande valor que emerge é esta disponibilidade para servirmos em tudo e com todo o nosso ser, até à entrega da própria vida, até ao martírio. É um dia particularmente significativo este, exatamente porque nos põe em consonância com o Evangelho, para traduzirmos o Evangelho para a história e para sermos capazes de responder às grandes necessidades do povo”, completou.

Imagem: Arquivo Educris

Educri|29.06.2024



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