Lisboa: «Liberdade XPTO, Uma Revolução» juntou alunos de todo o país

Final contou com 20 alunos do 2.º ciclo, 25 do 3.º ciclo e 14 no Ensino Secundário

As alunas do 2º ciclo, Ana Raquel, Kiara e Maria Luís, do Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro, Penela, bem como Mariana Sampaio e Maria Leonor Gonçalves, alunas do 3º ciclo do Agrupamento de Escolas D. Afonso Sanches, Vila do Conde, e Carolina Barata e Mariana Fernandes, alunas do ensino secundário do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, em Aveiro, foram as grande vencedoras do concurso interdiocesanos «Liberdade XPTO – Uma Revolução», que reuniu ontem, ao final do dia em Lisboa, 59 alunos e 12 professores de 11 dioceses de Portugal.

Ainda antes da grande final a professora Maria José Negócio, do Agrupamento de Escolas António Alves Amorim, em Lourosa, Diocese do Porto, uma das dinamizadoras da iniciativa, deu conta ao EDUCRIS de um concurso que nasce “da forma como os professores de EMRC estão na vida e na profissão”.

“Temos por hábito colocar questões e estar ao serviço dos nossos alunos. Desafiando-os e inquietando-os para irem mais longe. Percebemos que as comemorações dos 50 anos do 25 de abril eram uma oportunidade para a sociedade, e para nós cristãos, de tentarmos perceber qual o papel dos cristãos na vivência da democracia”.

Num tempo em que “nem sempre se percebe bem o papel de boa parte dos cristãos no surgimento da democracia em Portugal”, a docente lamenta que se continue hoje a “associar a Igreja à manutenção de um status quo e de uma convivência com o salazarismo”.

“Temos que reafirmar que estes valores da liberdade, da igualdade, do respeito pelo outro, da própria vivência em democracia, são valores profundamente cristãos, a partir do evangelho”.

Evocando figuras como “D. António Ferreira Gomes, D. António Ribeiro ou o próprio Papa Paulo VI”, a docente explicou que ao criar este concurso se pretendeu “incutir a vivência da liberdade e da democracia como um valor na sociedade”.

“Não sendo a Igreja uma democracia como docentes ajudamos os nossos alunos a perceber que a liberdade de pensamento, de opinião e expressão são valores a desenvolver em sala de aula e nas sociedades”.

Presente na grande final Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), agradeceu “o dinamismo e a coragem” para uma iniciativa deste tipo e lembrou aos alunos que a sua presença é sinal de profunda liberdade.

“Sois uma revolução. Desde logo porque aceitaste vir aqui, a Lisboa, de maneira profundamente livre. Ninguém veio obrigado e aceitou bem o desafio dos docentes a participar numa iniciativa que evoca a liberdade e nos ajuda a perceber o papel do cristianismo na construção de sociedades mais livres”.

Aos alunos o responsável enalteceu “a escolha e a capacidade de derrotar os medos” para poder “vencer”.

“Como cristãos somos livres quando nos dedicamos aos outros. Obrigado por aceitardes o desafio e estardes aqui. Os docentes também são ousados e lá no Porto um grupo de professores pensou este projeto como grande desafio. A eles muito obrigado”, completou.

Ainda durante este dia de sábado os finalistas visitam o Museu da Presidência e os jardins do Palácio de Belém.

O concurso «Liberdade XPTO – Uma revolução» reuniu mais de cinco centenas de participantes, de 19 dioceses do país em três escalões de competição aprofundando “os conteúdos e as aprendizagens próprias da disciplina e Educação Moral e Religiosa Católica.

Educris|08.06.2024



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