II Encontro das Comissões Episcopais da Catequese de Espanha, Itália e Portugal decorre em Lisboa
O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), e bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, afirmou hoje que o “grande testemunho da nossa vida como cristãos e catequistas passa pelo testemunho da misericórdia de Deus”.
“Escutávamos, no evangelho de São Lucas, que a perfeição é a misericórdia. O Papa Francisco diz-nos que a misericordia é o próprio Deus. Perante este texto, e olhando para os nossos catequistas, catequizandos e famílias penso que a metodologia que devemos usar passa pelo testemunho, da nossa vida, desta misericórdia de Deus” afirmou na eucaristia de abertura dos trabalhos que reúne, até esta terça-feira, responsáveis episcopais pela catequese de Itália, Espanha e Portugal.
Recordando “os milhares de catequistas que servem a Igreja através da catequese”, o prelado desafiou a “um coração cheio de misericordia, cheio de Deus para sermos testemunhas, como Pedro na manhã de Pentecostes, de que Ele está vivo”.
Num encontro que reflete acerca do «ministério do catequista», e onde se aprofundam os «desafios da evangelização», os participantes escutaram o teólogo português Eduardo Borges de Pinho, alertar para a necessidade de “uma leitura da realidade” e lamentar “alguma incapacidade de consciência autocritica”, nascida “de não termos bem a noção de onde vimos”.
“Trata-se de um tempo oportuno para ir ao mais fundo da espiritualidade cristã. De perguntar de novo pela fundamental razão do ser da Igreja”, afirmou na conferência «O ministério de catequista e as esperanças e desafios que coloca à Igreja em caminho sinodal».
Para o especialista “só numa vivência eclesial descentrada de si mesma, desperta para acolher e descobrir criativamente novos lugares e formas de evangelização, é que os ministérios pastorais na sua globalidade encontram os critérios adequados de avaliação do seu sentido e da sua indispensável renovação”.
Perante o «Ministério do Catequista», Eduardo Borges de Pinho, desafiou os responsáveis a enfrentar “com realismo e sentido de futuro” a “complexidade das tarefas”, e sustentou que “a tarefa prioritária” deve passar “pela necessária atenção às práticas catequéticas e sua revisão, no quadro d diversificados caminhos de anúncio d Evangelho”.
“O ministério instituído do catequista obriga-nos a repensar os ministérios eclesiais no seu conjunto, suas configurações atuais, seus desafios do futuro” concluiu.
Durante o dia de amanhã terça-feira, os responsáveis pela catequese debatem «Os ministério do catequista e os desafios para a Evangelização», e partilham “modos de operacionalizar a instituição do ministério nos nossos países”.
Educris|06.03.2023