«Que a EMRC ajude a fomentar o crescimento de gente livre», deseja D. António Augusto Azevedo

Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) destaca “opção livre dos alunos” numa disciplina que “tem vindo a crescer”

D. António Augusto Azevedo reafirmou, na passada terça-feira, a “descoberta, o encontro, o crescimento e a oportunidade para ajudar a fazer crescer pessoas livres”, como centrais na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.

“Que a EMRC ajude a fomentar o crescimento de gente livre. É uma disciplina diferente porque essa liberdade se exercita no ato de inscrição, isso faz muita diferença. Liberdade para aprofundar convicções e valores”, disse.

Presente no webinar «Diálogo(s) sobre a Educação, EMRC e a Liberdade», que reuniu personalidades das artes e da educação, o presidente da CEECDF, agradeceu o trabalho dos professores de EMRC nos vários subsistemas de ensino e pediu-lhe a capacidade de fazer do “espaço de EMRC” um “lugar livre, de descoberta e encontro de culturas”.

“Uma palavra de agradecimento aos professores e que encarnam bem este objetivo. Que a EMRC ajude a fomentar o crescimento de gente livre, que saiba conjugar a liberdade, sua e dos outros, pois a liberdade de cada um cresce no crescimento da diversidade de pessoas, proveniências e histórias”, explicitou.

Num momento em que as religiões são “usadas” para fins políticos o responsável pela educação cristã garantiu que “as religiões só são autênticas quando são livres. Quando a religião se associa à coação ou à manipulação já não estamos no território de religião livre. Que aqui a convicção religiosa seja lugar de liberdade”, apelou.

Regressado há pouco tempo da visita Ad Limina, ao Vaticano, D. António Augusto Azevedo deu conta da preocupação do Papa “acerca da formação e educação” das novas gerações, e do apelo do sumo pontífice a que “a Igreja aposta nesta dimensão fundamental, quer na formação dos professores, quer no acompanhamento dos mais novos”.

“Num tempo de profundo analfabetismo sobre as culturas e a religião a EMRC deve ser laboratório onde se pode experimentar e pôr em prática o encontro de culturas. Partindo da sua matriz – porque não há culturas neutras – é possível ajudar a promover valores, a descobrir valores como o da liberdade e outros que contribuem para uma sociedade melhor”, concluiu.

A Semana Nacional da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) realiza-se até ao próximo dia 31 de maio e conta com mais de sete dezenas de atividades em todo o país. Para o dia de hoje o destaque maior vai para a recitação do Rosário, com alunos, pais, professores e assistentes operacionais, no Santuário de Fátima a partir das 18h30.

Educris|30.05.2024



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