Aveiro: «Taizé ensina-nos a necessidade de procurarmos Deus todos juntos», D. António Moiteiro

Bispo de Aveiro acompanhou quatro centenas e meia de jovens à comunidade Ecuménica de Taizé, no sul de França

D. António Moiteiro, bispo de Aveiro e vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) assume como “um trabalho pastoral de primeira grandeza”, o acompanhamento de jovens diocesanos a Taizé.

“É a terceira vez que participo nesta atividade promovida pelo Departamento de Pastoral nas Escolas (DPE) da diocese e penso que este é um trabalho pastoral de primeira grandeza”.

Presente na comunidade ecuménica nos primeiros dias da Quaresma, o bispo de Aveiro sustenta que a ida a Taizé é para todos “uma oportunidade de fazer a experiência de Deus que, habitualmente não fazem nas suas comunidades paroquiais”.

“Esta comunidade ecuménica caracteriza-se pelo seu estilo de vida simples, com cristãos de diferentes confissões que juntos procuram o rosto de Deus. É um grande testemunho. Católicos, protestantes e anglicanos. Ensinam-nos que procurar Deus é uma exigência de todos e de cada um”, desenvolve.

Mariana Camarinha, do Colégio Diocesano Nossa Senhora da Apresentação (Calvão), foi pela primeira vez a Taizé e ao Correio do Vouga mostra-se surpreendida com o que encontrou.

“A oração permite refletir e pensar aspetos da vida que muitas vezes nos passam despercebidos”, refere em declarações recolhidas por Gabriel Santiago.

Aos mais novos D. António Moiteiro deixou o desafio do “encontro com Jesus”, não apenas na colina de Taizé, mas “na vida do dia a dia”.

“Disse-lhes para não terem medo de procurarem a pessoa de Jesus na sua vida. Tal como aqui aconteceu quer nos momentos de oração, nos sacramentos – e tantos que acederam à reconciliação - nas tarefas comunitárias… Que busquem Deus nas suas vidas”, completou.

Victoria Oliveira, do agrupamento de escolas Dr. Mário Sacramento, esteve atenta ao desafio e destaca a importância das palavras de D. António Moiteiro e da sua presença no meio dos mais novos.

“Foi muito importante que estivesse connosco nestes dias. A sua presença é uma mais valia e com o seu testemunho conseguiu conectar mais os jovens à comunidade de Taizé e (re)aproximá-los da Igreja”.

No final de nova semana na comunidade ecuménica Sérgio Martins, diretor do DPE faz da atividade um balanço “muito positivo” pelo modo como os alunos encarnaram “o espírito de peregrino”.

“Viemos este ano a Taizé com o desafio de sermos verdadeiros peregrinos, na celebração dos seiscentos anos da Sé Catedral. Foi bom ver os nossos alunos a serem verdadeiros peregrinos. Capazes do silencio numa comunidade serena onde o trabalho em equipa, as orações simples e a vida comunitária fazem a marcação dos ritmos”.

Para o responsável é fundamental continuar “esta articulação entre escola e comunidades paroquiais” e fomentar nas paróquias o aparecimento de “espaços e lugares de encontro dos jovens, com os jovens e para os jovens”.

“O tempo em Taizé é uma oportunidade para a descoberta de si, dos outros e de Deus. São momentos que inquietam e que fazem com seja necessária uma continuidade posterior. Taizé é especial e os nossos alunos sentem que precisam e se sentem bem em Taizé”, completa.

Na hora de despedida Marta Lemos, da escola José Estevão, mostra-se “emocionada” por uma semana que lhe permitiu desenvolver “uma profunda conexão espiritual e uma sensação de comunidade com aqueles que, durante uma semana, partilharam esta experiência connosco”.

“É um momento para refletir sobre aquilo que foi vivido ao longo da semana, para agradecer pelas experiências partilhadas e para fortalecer a fé. Durante esta última oração somos abraçados por um misto de emoções”.

Para a adolescente “voltar ao mundo real” e à rotina dos dias vai trazer a novidade dos momentos “de oração e reflexão” que em Taizé aprendeu a integrar.

“Para mim, estabelecer momentos específicos durante o dia para a reflexão e oração é uma prática muito valiosa, quer seja de manhã, ao acordar, ou à noite, ao deitar. Estes momentos permitem-me reviver a conexão espiritual que senti em Taizé, e integrar esta experiência na minha vida quotidiana”, completa.

Educris|23.02.2024 



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