Viseu: Encontro desafiou docentes a «alargar o espaço da tenda» e a uma atitude de «saída»
Secretariado Diocesano da Educação Cristã realizou reunião geral de professores
São mais de cinco dezenas os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que por estes dias lecionam a disciplina na área geográfica da diocese de Viseu.
No passado sábado, reunidos em assembleia geral, os docentes foram desafiados a “alargar o espaço da tenda».
“Este encontro serve sempre para lançar o ano letivo. Neste ano colocamos o foco na necessidade de ‘alargar o espaço da tenda’ e desafiámos os nossos professores a uma a ‘atitude de saída’ e onde a EMRC possa ser uma morada ampla, não homogénea, capaz de dar abrigo a todos, sempre aberta e que deixa entrar Um lugar de escuta atenta da açã do próprio Espírito Santo”, explica ao EDUCRIS Abel Dias, diretor do SDEC de Viseu.
Numa diocese onde a realidade da EMRC “é muito significativa”, o responsável quer, mais do que número, uma preocupação genuína “pelos que são nossos alunos e pelos que ainda não o são”.
“Temos uma boa expressão em todos os ciclos, e prova disso é a vinculação de 6 novos professores nesta região, mas queremos mais. Pretendemos aumentar o número de alunos que beneficiam da proposta educativa que é a EMRC e para isso, precisamos do trabalho profissional e efetivo de todos”, garante.
Numa região onde a disciplina de EMRC “está presente em todas as escolas” o desafio passa, também, por “consolidar um conjunto de atividades agregadoras” e estar “mais próximo das escolas e dos professores, que por um motivo ou outro, enfrentam dificuldades”.
“Sabemos que a realidade é dinâmica. Ao olhar para as escolas reconhecemos o bom trabalho que foi e é feito, mas queremos mais. Vamos, ao longo do ano, acompanhar mais de perto as escolas onde existem dificuldades de vária ordem, e consolidar atividades de âmbito diocesano para que a disciplina possa, também ela, estar dentro e fora de sala de aula”, desenvolve.
Ao longo do ano o SDEC dinamiza, para os alunos do 1º ciclo, uma visita a Fátima. No segundo ciclo todos os alunos participam numa atividade em parque aquático. No terceiro ciclo a proposta passa pela experiência de Santiago de Compostela e no ensino secundário “todas as escolas são desafiadas a participar numa de duas propostas: No Encontro Nacional do Ensino Secundário ou na peregrinação da confiança a Taizé”, uma comunidade ecuménica no sul da Borgonha, França.
“Estas propostas consolidam, em grande medida, o trabalho desenvolvido em sala de aula e, por isso, constituem-se como extensões da aprendizagem proposta pela própria disciplina permitindo, em muitos casos, uma consolidação dos saberes”, completa.