Porto: Docentes desafiados a ser referência na escola e entusiasmar os alunos

Reunião geral de professores que lecionam na área geográfica da diocese do Porto deixou apelos ao “compromisso sinodal e eclesial”

«Comunicar a alegria do Evangelho na Escola e na aula de EMRC» foi o tema em reflexão pelos docentes de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) da diocese do Porto.

Na sessão de abertura o Bispo do Porto, D. Manuel Linda, deu as boas-vindas a todos os professores ao novo ano letivo e afirmou que “as dificuldades não nos devem paralisar, mas devem ser estímulos para atingir os seus objetivos”.

Numa mudança de época o prelado lembrou que hoje “a Europa e os Estados Unidos da América começam a não ser a cabeça do mundo” e que o mesmo se passa na Igreja.

“Hoje a Igreja da europa já não é o centro do cristianismo. Isto pode gerar uma cerca angústia e tristeza existencial”, alertou para desafiar os docentes a “uma alegria missionária”, como pede o Papa Francisco.

“O Papa convida-nos a uma alegria de se contruir. Os voluntariados são hoje uma forma muita ativa de colaborar no bem comum e entusiasmam os jovens”, reforçou.

Aos professores D. Manuel linda desejou que fossem “uma referência em cada escola e que houvesse compromisso sinodal com todas as estruturas da Igreja”.

“Que as aulas de EMRC sirvam para entusiasmar os alunos, que estão na idade dos sonhos e que podem ajudar a transformar o mundo. São gotículas de Bem que criam rios do Bem. O professor de EMRC está na escola para ajudar a estruturar a formação humana, da personalidade e da relação com os outros”, apelou.

Ao longo do encontro, os professores foram desfiados por três intervenientes. A primeira comunicação foi proferida pelo padre Rui Santiago, redentorista, que veio apresentar a sua visão sobre «Comunicar a alegria do evangelho, entre a timidez e a intrepidez». Para ele “comunicar a alegria do evangelho não é uma técnica, nem assenta nos dons de quem fala, mas no testemunho de quem comunica”. 

Carmo Rodeia, diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, apresentou o tema «Ato, métodos, processos e finalidades da comunicação».

A especialista em comunicação afirmou que “os meios de comunicação social não são adversários da Igreja, eles precisam de ser acolhidos e interpelados por ela”.

“Para termos relevância temos de estar presentes no espaço público. Desde logo primar pela boa preparação, brevidade e clareza; comunicar sem erros; ser cativante / próximo; usar de empatia; ser profissional”.

Para a responsável pela comunicação do Santuário de Fátima é fundamental “substituir o on line pelo on life “uma vez que “as redes sociais são o habitat natural dos nossos jovens e alunos”.

Na última intervenção do dia o padre Rui Alberto, da Salesianos Editora, abordou o tema «A Comunicação-anúncio do Evangelho numa era mediatizada». Para o sacerdote “evangelizar nesta era mediática é educar ao sentido crítico uma vez que a realidade nem sempre é o que parece, e tendo em atenção os poderes extra-estatais que podem controlar os media”.

De acordo com o especialista a não existência de uma “uniformidade na comunicação da Igreja” prende-se com a “complexidade da própria realidade eclesial”.

“A palavra de Deus sempre foi visualizada: cor, pinturas, procissões, entre outras. Por isso, a comunicação também tem de ser interativa, criar relação entre quem comunica e quem é o destinatário da mensagem”, completou.

Imagem: Sérgio Carvalho

Educris com Sérgio Carvalho

Educris|20.09.2023



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