Concursos 2023: «Um sinal de reconhecimento e motivo de alegria», António Cordeiro

Coordenador do Departamento da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) destaca “sentido de corresponsabilidade” nas colocações dos docentes de EMRC.

O professor António Cordeiro afirmou hoje que a vinculação de 106 professores de EMRC é motivo de “alegria para os que veem a sua vida mais estabilizada” e adquirem agora “uma expetativa para o futuro de maior tranquilidade, mas, também, de renovado compromisso”.

“Esta vinculação é motivo de alegria para todos. É a oportunidade de ver concretizado um desejo num grupo de docentes que foi dedicando a sua vida com alegria e com esforço, convencidos da importância do seu trabalho em meio escolar”, sustenta.

Para o coordenador da disciplina no SNEC, os mais de cem vinculados, quer no Concurso Externo quer no Concurso Externo de Vinculação dinâmica,  é um sinal “da importância da EMRC para o crescimento das crianças, adolescentes e jovens”.

“Penso que este concurso mostra, por um lado, a importância do professor de EMRC junto da comunidade escolar e, por outro, é um reconhecimento de alguém que na escola valoriza e põe como prioridade a Pessoa tendo sempre a preocupação de educar para verdade, a cooperação e o acolhimento, tão importante nos dias de hoje onde temos tanta gente a chegar às comunidades, com um olhar atento também às preocupações dos colegas”, desenvolve.

Numa altura em que o país se debate com uma autêntica crise, pela falta de professores, António Cordeiro sustenta que a solução encontrada pela tutela significa “o reconhecimento dos profissionais da educação” através “da criação dos mecanismos próprios” que ajudam a gerar “uma vida estabilizada” e a “sair de uma precariedade de anos”.

Uma oportunidade à corresponsabilidade

Ao EDUCRIS, o responsável lembra que a “vinculação não é uma meta” e desafia os docentes à “corresponsabilidade” que nasce “da possibilidade de uma planificação pensada a médio e longo prazos”.

“Vincular não significa chegar a uma meta, mas antes criar as condições para que o trabalho e toda a dedicação que antecede a vinculação, possam agora ser reforçados numa lógica de continuidade de trabalho, já não ano a ano, mas a médio e longo prazos”, argumenta.

“É uma situação que exige a corresponsabilidade e um trabalho de maior envolvimento com todos os parceiros na criação de projetos que concorram para uma educação integral”, garante.

Para o responsável a vinculação, que acontece “no final de um ano difícil para escolas e professores”,  é oportunidade para uma “leitura dos sinais dos tempos”, em particular para a EMRC.

“Temos aqui todos os motivos para uns e outros fazermos a leitura dos sinais dos tempos. Antes de mais com as pessoas que estão nas escolas, com os outros docentes de EMRC, e com Secretariados Diocesanos, de modo que a EMRC, enquanto disciplina de oferta obrigatória e frequência facultativa, continue a ter uma identidade que remete para a sua matriz cristã-católica e que as famílias, os educadores e os educandos, a vejam como uma disciplina que serve sobretudo de auxílio claro a fazer crescer pessoas felizes, realizadas, comprometidas e responsáveis. No fundo que olham o futuro com esperança”.

“Estamos também todos gratos pelo serviço que os Diretores diocesanos da EMRC e suas equipas prestaram e prestam no acompanhamento aos seus professores. A eles é devida uma palavra de apreço e estímulo a progredirem nesta tão estimada missão”, desenvolve.

Num momento em que todo o país se movimenta com os denominados «Dias nas Dioceses», que antecedem a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, António Cordeiro deseja que “o ambiente tão salutar de uma aldeia global em que vivemos hoje”, seja oportunidade para que a EMRC continue a ajudar os alunos a “alargar o olhar para além de si”.

“Somos desafiados a construir juntos, a gerar uma sociedade que olha para a sinodalidade como desafio e proposta, capaz de ver o outro como alguém que me é próximo e com o qual quero construir o futuro”, completa.

Para além da centena de professores de EMRC vinculados António Cordeiro recorda outra centena que fica de fora e deixa uma mensagem de esperança aos docentes.

“Também estes docentes de EMRC são merecedores de um reconhecimento porque vinculados que estão, há mais ou menos tempo, ao serviço e à sua dedicação à EMRC nas escolas. É necessário persistir e confiar nos frutos desta entrega e dedicação, que, a seu tempo, garantirão a sua recompensa”.

Educris|27.07.2023



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades