Roma: Catequese do sul da Europa reúne sob a marca da «Sinodalidade»

Iniciativa realiza-se de 23 e 24 de abril, em Roma e analisa

É a terceira vez que as Comissões Episcopais da Catequese de Espanha, Itália e Portugal, reúnem para dar continuidade a um trabalho sinodal comum”, e alargar a reflexão sobre “Diretório para a Catequese” e os “os diferentes desafios para a catequese”, no sul da Europa.

“Este encontro já aconteceu em Lisboa e em Madrid. Temos não só uma grande proximidade geográfica, mas a perceção plena de que o caminho a percorrer nesta área da Igreja se fará melhor em artilha, discernimento comum, de modo a podermos perceber os sinais dos tempos e aquilo a que o Senhor nos chama”, explica D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) e bispo de Vila Real.

Após dois encontros os responsáveis pela catequese, nestes três países, deram conhecimento da ideia ao pro-perfeito do Dicastério da Evangelização, o arcebispo D. Rino Fisichella que não só “se alegrou pelo movimento” como “pediu o seu alargamento a outras latitudes”, concretiza a irmã Arminda Faustino, responsável pelo Departamento da Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã”.

“Estes encontros tem-nos permitindo um conhecimento aprofundado das diferentes realidades no âmbito da evangelização e da catequese”, concretiza.

D. António Augusto Azevedo, que participa pela primeira vez na iniciativa, diz partir para Roma “com expetativa elevada e confiança” num momento em que o sul da Europa, tradicionalmente católico, enfrenta grandes desafios.

“Antes de mais esta iniciativa, que este ano se alarga a Malta, é um sinal de sinodalidade das igrejas locais. Cada vez mais, e não menosprezando a identidade de cada um, de cada igreja diocesana, é fundamental conhecer o que cada um vai fazendo e delinear pontos comuns na diversidade”.

O prelado não tem dúvidas em considerar que “o Sul da Europa tem diante de si de um novo impulso evangelizador” que não pode permanecer acomodado na ideia “de que somos culturas de matriz cristã.”

“Não podemos desmentir a nossa matriz, porque ela existe mesmo, mas no presente, no atual contexto cultural e social é indispensável um novo impulso uma redescoberta da fé, uma transmissão nova do Evangelho e da vida cristã”, completa.

Fernando Moita, diretor do SNEC, dá conta do “intensificar de um trabalho conjunto”, a partir da publicação “do Diretório para a Catequese”, e do desejo de “dar respostas atuais para a realidade de hoje”.

“Não pensamos apenas na realidade das crianças e dos jovens, mas hoje alargamos a reflexão acerca da necessidade de ter uma proposta formal e organizada para a chamada catequese de adultos como proposta da Conferência Episcopal”.

Numa altura em que alguns países do mundo já fizeram instituições formais de catequistas, o diretor do SNEC considera que este é “um tema emergente”.

“Recentemente tivemos o Encontro Nacional de Catequese onde refletimos sobre este dom, esta possibilidade que o Papa Francisco ofereceu à Igreja Universal. Queremos aprofundar e conhecer as experiências de outras latitudes”, completa.

O programa inicia-se a 23 de abril, com uma reunião na sede da Conferencia Episcopal Italiana, em Roma. Da parte da tarde os trabalhos continuam e os responsáveis visitam os museus Vaticanos.

A 24 de abril vão encontrar-se virtualmente com o Conselho Europeu das Conferencias Episcopais da Europa (CCEE), secção da Catequese.

Educris|22.04.2024



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