Algarve: «Nem clerical nem laical. A Igreja deve ser ministerial», D. Manuel Quintas (C\áudio)
Bispo diocesano agradeceu “entrega e testemunho” dos catequistas na evangelização do Algarve
D. Manuel Quintas afirmou, neste sábado, que a Igreja não deve ser “nem clerical, nem laical, mas sim ministerial”.
“Temos de crescer na convicção, e na consciência, de que em Igreja todos temos a mesma dignidade que nos é dada pelo batismo. Sacerdócio comum dos fiéis. É aí que tudo radica. Quando mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será”, afirmou.
Aos catequistas do Algarve, reunidos no «Dia Diocesano do Catequista», na paróquia de Altura, o prelado agradeceu “a generosidade e dedicação” de tantos catequistas que “sacrificam a própria vida familiar para, não poucas vezes serem “construtores da comunidade cristã”.
“De vós se espera que ponhais toda a comunidade a caminhar, envolvida na catequese. Já o sabeis bem que os catequistas não são solistas. Não cantam a solo, mas fazem-no em comunhão com a comunidade”.
Para D. Manuel Quintas o “anúncio missionário” passa “pelo envolvimento da catequese nas diferentes experiências que procuram envolver os mais novos e os liguem à comunidade através, em primeiro lugar, na eucaristia”.
Na intervenção aos catequistas, na celebração da Palavra onde foram homenageados os catequistas com 25 anos, ou mais, de serviço à catequese, o bispo do Algarve lembrou que “os dons, os serviços, os carismas, existem não para nos conceder um suplemento de dignidade, mas para nos dar uma particular habilitação para o serviço. Quanto mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será”, apontou.
Analisando o trecho do evangelho conhecido como o dos ‘discípulos de Emaús’, D. António Quintas, lembrou a figura dos discípulos “tristes e abatidos, demitidos, de costas voltadas para a comunidades de Jerusalém”, e a importância “da eucaristia como centro da comunidade”.
“Estavam fechados. Amargurados. Desencantados com os acontecimentos. Jesus aproxima-se, torna-se próximo. Faz caminho com eles e deixa que todo este desanimo saia e ‘explicou-lhes todas as escrituras’. Quando Jesus desaparece aos seus olhos, na fração do pão, Ele torna-se presente aos olhos da fé. Não há catequese sem eucaristia. Não há comunidade sem eucaristia”, desenvolveu.
Aos catequistas que celebraram 25 anos de serviço, o bispo do Algarve voltou a “agradecer tanto serviço abnegado”.
“Também é muito motivo de alegria e de ação de graças o vosso serviço silencioso, abnegado, tantas vezes difícil, que prestais às nossas comunidades”, completou.