«Novo Itinerário vai trazer novos materiais e abordagens», D. António Moiteiro

Renovação da catequese passa por abordagem em três fases

A catequese em Portugal tem vindo a trabalhar num novo paradigma que assenta na “comunidade cristã, nos destinatários e nos catequistas”, de modo a dar resposta aos tempos novos que se vivem.

“Temos que pensar a catequese em três dimensões: a comunidade cristã, os destinatários, nos quais colocamos as famílias, e os catequistas”, explica ao EDUCRIS D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF).

No rescaldo do 59º Encontro Nacional de Catequese, que se realizou em Vila Real na passada semana, o responsável deu conta de que o novo «Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, as crianças e os adolescentes» “está para ser aprovado na próxima Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)”, e adiantou os próximos passos na renovação do setor.

“Depois desta aprovação, que fez com o novo documento fosse analisado durante um ano, temos a fase da implementação com materiais catequéticos. Pensamos não apenas nos catecismos, mas em meios audiovisuais, materiais digitais e na presença no online”, concretizou.

O primeiro objetivo passa por garantir que “após a visita do Papa, por ocasião da JMJ, tenhamos já material renovado para os adolcesnetes”, acrescenta.

Rebatendo a ideia de que a catequese ‘é apenas para crianças’, o prelado aponta a um novo paradigma em forma de ‘tripé’”.

“Não podemos pensar a catequese como sendo apenas uma questão para as crianças, adolescentes, jovens ou adultos. Temos que pensar a catequese em três dimensões, como um tripé constituído por comunidade cristã, destinatários, nos quais colocamos as famílias, e os catequistas”, garantiu.

Lembrando o esforço da CEECDF em “atualizar e renovar o itinerário de iniciação à vida cristã”, o bispo de Aveiro afirma contar com “as famílias” no processo de renovação da catequese.

“A família tem um papel fundamental. Elas não podem ser dissociadas da catequese dos filhos e os filhos devem ajudar os pais a fazer novas sínteses de fé. Por isso as famílias juntamente com os filhos são os destinatários da catequese”, reforçou.

No esforço de renovação de materiais e linguagens D. António Moiteiro deu, ainda, conta, da criação de equipas de trabalho “com famílias presentes na construção dos materiais”.

“As famílias também devem intervir na elaboração dos materiais. Daí que nas equipas dos mais novos tenhamos famílias que vão dando o seu contributo construtivo”, completou.

Educris|11.04.2022