Portugal: Cáritas está preocupada «impacto da crise nas famílias»

Organização Católica diz estar a receber "mais pedidos de auxílio" e considera que "apoios previstos" não chegam "para acudir à situação de emergência"

A Cáritas Portuguesa afirmou hoje acompanhar “com preocupação a atual situação da sociedade portuguesa e os impactos que as sucessivas crises provocam no bem-estar das famílias”.

“As condições de vida de muitas famílias em Portugal já eram muito frágeis. Esta fragilidade é visível em inúmeros dos chamados ‘indicadores de privação material severa’”, afirmam em comunicado enviado hoje ao EDUCRIS.

Denunciando um aumento insustentável dos preços dos bens básicos, a organização católica dá conta de que os mesmos “são muito superiores aos apoios previstos para acudir à situação de emergência gerada pela inflação”.

“Os desafios económicos atuais representam uma barreira difícil de transpor, principalmente, sem recurso a ajudas fora do seio familiar”, lamentam.

A Cáritas dá conta de que se depara com “um aumento generalizado em todo o país dos pedidos de ajuda”, sobretudo “nas famílias de classe média e média-baixa” com um “aumento da procura por parte de famílias em situação de empregabilidade”, denuncia.

Anualmente a rede Cáritas Portuguesa, composta por 20 Cáritas Diocesanas, apoia, em todo o país, cerca de 120 mil pessoas.

Como Cáritas acreditamos que uma parte fundamental do nosso trabalho se faz nas relações de proximidade e apesar das dificuldades continuaremos a procurar caminhos eficazes para inverter as situações de vulnerabilidade e dar às famílias a quem servimos um olhar de esperança sobre o futuro”, afirma Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa.

Educris|09.11.2022



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