Vaticano: «Coloquemos o perdão de Deus no centro da vida da Igreja», pede o Papa

Francisco presidiu hoje, numa paróquia da cidade de Roma, ao início da iniciativa «24 horas para o Senhor», um tempo de Reconciliação e Adoração ao Santíssimo Sacramento

O Papa Francisco pediu hoje que se coloque no centro da vida e da ação da Igreja “o perdão de Deus”.

“Perdoemos, queridos irmãos sacerdotes, perdoemos sempre, como Deus não se cansa de perdoar, concedamos sempre o perdão a quem o pede, e ajudemos quem sente medo a aproximar-se com confiança do sacramento da cura e da alegria”.

Na sua homilia, durante a celebração das «24 Horas para o Senhor» a que presidiu na Paróquia de São Pio V, em Roma, o Papa lembrou que “o sacramento da Reconciliação não é uma prática de devoção, mas o fundamento da existência cristã”.

“Não renunciemos ao perdão de Deus, ao sacramento da Reconciliação: não é uma prática de devoção, mas o fundamento da existência cristã; não se trata de poder dizer bem os nossos pecados, mas de nos reconhecermos pecadores e de nos lançarmos nos braços do amor de Jesus crucificado para sermos libertados”, sustentou.

Pedindo que se volte a colocar “o perdão de Deus no centro da Igreja”, Francisco lembrou aos sacerdotes o ‘encargo’ de “não fazer demasiadas perguntas”, durante a Confissão.

“Perdoemos, perdoemos sempre como Deus que não se cansa de perdoar, Concedamos sempre perdão a quem o pede e ajudemos quem sente medo de se aproximar com confiança do sacramento da cura e da alegria. Não investigueis nem interrogueis muito. Deixai que as pessoas falem”, pediu.

Perante centenas de fiéis Francisco fez questão de recordar que o ato de se confessar não “é um gesto moralista, mas a ressurreição do coração”.

“Vamos, pois, receber o perdão de Deus, e nós, que o administramos, sintamo-nos dispensadores da alegria do Pai que encontra o filho perdido; sintamos que as nossas mãos, colocadas sobre a cabeça dos fiéis, são as mãos trespassadas pela misericórdia de Jesus, que transforma as feridas do pecado em canais de misericórdia”, exortou.

Lembrando a vida cristã como “um caminho que se inicia no Batismo e do qual nunca ninguém se reforma”, e que necessita de alimento, o Papa lamentou que se “procure fora” a vida nova “que flui dentro de nós”.

“Dia após dia, imersos num ritmo repetitivo, apanhados em mil coisas e atordoados por tantas mensagens, procuramos por toda a parte esquecendo que existe uma vida nova que flui dentro de nós, como brasas sob as cinzas, e que espera brilhar e iluminar tudo”, completou.

As «24 horas para o Senhor» são uma iniciativa promovida pelo Dicastério para a Evangelização, e instituída pelo Papa Francisco.

Educris|08.03.2024



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