Ângelus: «Perante o demónio devemos invocar Jesus», lembra o Papa

Francisco pediu hoje a paz para os territórios onde a sua falta é uma “derrota para a humanidade” e explicou que perante a ação do “espirito maligno” é preciso “invocar Jesus”

O Papa Francisco lembrou hoje que o desejo do demónio é o de “querer possuir para ‘nos acorrentar a alma’” e pediu atenção “às ‘correntes’ que sufocam a nossa liberdade”.

“O demónio tira-nos a liberdade, sempre. Procuremos, então, dar nomes a algumas dessas correntes que podem agrilhoar o nosso coração”.

Aos fiéis, que se reuniram neste domingo na praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco apresentou os “vícios, que nos tornam escravos, sempre insatisfeitos, e devoram energias, bens e afetos”, bem como “as modas dominantes, o consumismo e o hedonismo” como algumas das “correntes invisíveis” onde atua o maligno.

“E outras correntes: há as tentações e os condicionamentos que minam a autoestima, a serenidade, a capacidade de escolher e amar a vida; outra corrente: o medo, que faz olhar para o futuro com pessimismo, e a impaciência, que atribui sempre a culpa aos outros; e há ainda a corrente muito má: a idolatria do poder, que gera conflitos e recorre a armas que matam ou faz uso da injustiça económica e da manipulação do pensamento. Quantas correntes há na nossa vida”, alertou.

Lembrando que “Jesus veio para nos libertar de todas essas correntes”, o papa sustentou a necessidade de “nunca dialogar” com o demónio, mas “invocar Jesus” nos momentos de maior tentação.

Papa pede a paz imediata nos territórios em guerra e corredores humanitários abertos

No final da recitação da oração mariana do Ângelus Francisco convidou “as partes envolvidas em conflitos, nomeadamente em Myanmar, Palestina, Israel e Ucrânia”, a “dar passos de diálogo”, respeitando o “grito do povo que está cansado de violência”, pois a guerra é uma “derrota para a humanidade”.

“Por favor, que o seu grito de paz seja ouvido: o grito do povo, que está cansado da violência e quer que a guerra, que é um desastre para os povos e uma derrota para a humanidade, acabe”, afirmou.

Francisco reiterou, ainda, a necessidade de garantir a “passagem das ajudas humanitárias para garantir o necessário a cada pessoa”.

Visivelmente consternado o Papa Francisco recordou o atentado ocorrido pela manhã numa igreja de Istambul, na Turquia.

“Expresso a minha proximidade à comunidade da Igreja de Santa Maria Draperis, em Istambul, que durante a missa foi vítima de um ataque armado que causou a morte de uma pessoa e vários feridos.

Com dois jovens da Ação Católica Italiana, que terminaram neste domingo a «Caravana da Paz», o papa alegrou-se pelos dias em que os mais novos refletiram sobre “o chamamento a ser guardiães da criação, dom de Deus”.

“Obrigado pela vossa presença! E obrigado pelo vosso empenho na construção de uma sociedade melhor”, concluiu.

Educris|28.01.2024



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