Vaticano: Decisão dos EUA "interpela todo o mundo"

Pontifícia Academia para a Vida pede abertura do debate sobre o lugar “que ocupa a proteção da vida”

“É tempo de curar feridas e reparar divisões sociais; este é um momento de reflexão fundamentada e racional, para o diálogo civilizado, e de nos unirmos para construir uma sociedade e uma economia que apoiem casamentos e famílias, e onde cada mulher tenha o apoio e os recursos de que precisa para trazer o seu filho a este mundo com amor”, afirmam os responsáveis do Vaticano numa reação à Decisão do Supremo Tribunal norte-americano que modifica o posicionamento legal, desde 1973, aquando da decisão conhecida como ‘Roe v. Wade’.

A partir de agora cada estado da confederação americana decida se mantém ou proíbe a interrupção voluntária da gravidez.

Unindo-se aos bispos americanos o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, D. Vincenzo Paglia, considera que “face a uma sociedade ocidental que está a perder a paixão pela vida, este ato é um poderoso convite para refletir em conjunto sobre a grave e urgente questão da gestação humana e das condições que a tornam possível; ao eleger a vida, está em jogo a nossa responsabilidade pelo futuro da humanidade”, apontou.

Para o responsável a decisão traz consigo a necessidade de “desenvolver escolhas políticas que promovam condições de existência em favor da vida sem cair em posições ideológicas a priori”.

Para isso, assinala, é urgente “garantir uma educação sexual adequada, cuidados de saúde acessíveis a todos e preparar medidas legislativas para proteger a família e a maternidade, superando as desigualdades existentes”.

“Precisamos de uma assistência sólida às mães, aos casais e ao nascituro que envolva toda a comunidade, incentivando a possibilidade das mães em dificuldade continuarem com a gravidez e confiarem a criança a quem possa garantir o seu crescimento”, completa.

Educris|24.06.2022



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