Vaticano publica «Instrução» dirigida às Escolas Católicas

Novo guia orientador para o setor reforça necessidade de as instituições estarem abertas “a todos” e apela a “uma identidade católica” assente num “novo pacto educativo”

A Congregação para a Educação Católica publicou hoje uma nova instrução sobre «A Identidade da Escola Católica para Uma Cultura do Diálogo» na qual apresenta uma “mais clara consciência e consistência da identidade católica das instituições educativas da Igreja no mundo inteiro”, de modo a dar resposta às “diversas interpretações do conceito tradicional”, num contexto de “globalização” e de “crescimento do diálogo inter-religioso e intercultural”.

Considerando que o documento não se constitui como “um tratado geral, menos ainda completo, sobre o tema da identidade católica”, o Vaticano deseja que o mesmo possa “ser um contributo para todos aqueles que trabalham no campo educativo-escolar”, e uma “oportunidade de reflexão e aprofundamento sobre este tema importante que diz respeito à própria essência e razão de ser da presença histórica da Igreja no campo educativo e escolar”.

Apresentado pela Congregação para a Educação Católica a Instrução apresenta uma primeira parte onde se reflete sobre “a presença da Igreja no mundo escolar no contexto geral de sua missão evangelizadora”. Na segunda parte abordam-se “os diversos sujeitos que trabalham no mundo escolar”, com destaque para a formação dos professores.

O capítulo final é dedicado a “alguns pontos críticos que podem surgir ao integrar todos os diversos aspetos da educação escolar na vida concreta da Igreja”.

A Santa Sé desafia as escolas católicas a estarem abertas a todos, “particularmente os mais fracos”, lembrando a liberdade de escolha educativa para os pais, “primeiros sujeitos responsáveis pela educação”, e reforçando a ideia de que “o Estado tem a responsabilidade de apoiar as famílias no seu direito de escolher a escola e o projeto educativo”.

Pedindo um projeto educativo “inspirado claramente no Evangelho”, a Congregação reforça a necessidade de um “pacto educativo global”, capaz de gerar uma “educação em saída” que promova “o educar para a cultura do cuidado e do diálogo”.

Educris|29.03.2022


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