Ucrânia: «Em nome de Deus parai com este massacre», apelou o Papa
Francisco volta a lembrar drama das populações ucranianas forçadas as fugir do seu país há dezoito dias em virtude dos ataques perpetrados pelas tropas de Vladimir Putin
E ao décimo oitavo dia de invasão o Papa Francisco volta a erguer a sua voz para denunciar “uma barbárie” e reafirmar que “não á razões estratégicas que sejam verdadeiras” perante o que o mundo inteiro presencia.
“Irmãos e irmãs, acabámos de orar à Virgem Maria. Esta semana, a cidade que carrega o seu nome, Mariupol, tornou-se uma cidade mártir na angustiante guerra que assola a Ucrânia. Diante da barbárie da matança de crianças, pessoas inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas que sejam verdadeiras”.
Aos fiéis, reunidos na praça de São Pedro, no Vaticano, para a oração do Ângelus, o Papa apelou a que se pare “a inaceitável agressão armada, antes que se reduzam as cidades a cemitérios”.
“Com dor no coração, junto a minha voz à das pessoas comuns, que imploram pelo fim da guerra. Em nome de Deus, que se escute o clamor dos que sofrem e se acabem com os bombardeios e ataques!”.
Na sua intervenção o Papa convidou as partes a investir “real e decisivamente nas negociações”, e a criar “corredores humanitários que sejam eficazes e seguros”.
“Em nome de Deus, peço-vos: Parai com este massacre!”, apelou.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima em mais de 2,5 milhões, os deslocados de guerra, até ao momento.