Papa visita República Democrática do Congo e o Sudão do Sul em julho

De 2 a 7 de julho Francisco vai estar, pela terceira vez, no continente africano

A Sala de imprensa do Vaticano anunciou hoje a visita do Papa Francisco à República Democrática do Congo (RDCongo) e ao Sudão do Sul.

“Acolhendo o convite dos respetivos Chefes de Estado e dos Bispos, o Santo Padre Francisco fará uma Viagem Apostólica à República Democrática do Congo de 2 a 5 de julho, visitando as cidades de Kinshasa e Goma, e ao Sudão do Sul de 5 a 7 de julho, indo a Juba”, lê-se na nota à imprensa.

Desde que foi eleito em 2013, o papa já se deslocou, em 2015, ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana. Em 2017 Francisco visitou o Egito e em setembro de 2019 esteve em Moçambique, Madagáscar e na Maurícia.

Com o programa “a ser anunciado mais tarde”, esta é uma visita à muito desejada pelo Papa Francisco, nomeadamente a deslocação ao Sudão do Sul, o mais recente país do mundo, devido à forte instabilidade na região.

Recorde-se que já em 2019 Francisco, o arcebispo da Cantuária, Justin Welby, e o moderador da Igreja da Escócia, Jim Wallace, convocaram um retiro espiritual no Vaticano para ajudar ao processo de paz no Sudão do Sul.

O encontro ficou marcado pelo ajoelhar e beijar dos pés do presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, e do seu opositor Riek Machar, por parte do Papa Francisco, instando-os a avançar com o acordo de paz que tinham assinado no ano anterior.

“Imploro que o fogo da guerra se apague de uma vez por todas, que possam voltar para vossas casas e viver em serenidade. Suplico ao Deus Todo-Poderoso que a paz chegue à vossa terra e dirijo-me também aos homens de boa vontade para que a paz chegue ao vosso povo”, afirmou, na altura, o Papa Francisco.

Em 12 de janeiro de 2020, foi assinada em Roma a declaração de paz em que o Governo sul-sudanês e os movimentos da oposição comprometeram-se a um cessar das hostilidades e ao diálogo.

A visita do Papa à República Democrática do Congo é também aguardada com expetativa, uma vez que a última visita de um papa aconteceu em agosto de 1985, quando João Paulo II passou dois dias no país, que então se chamava Zaire e era dirigido por Mobutu Sese Seko.

A RDCongo tem cerca 90 milhões de habitantes, 40% dos quais católicos, 35% protestantes ou filiados em Igrejas revivalistas, 9% muçulmanos e 10% de kimbanguistas (igreja cristã originária do Congo), segundo as estimativas.

A viagem de julho a África será a segunda de Francisco este ano, após uma visita a Malta prevista para 2 e 3 de abril.

Imagem:Vatican Media

Educris|03.03.2022

 



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