Igreja: Relatório do Vaticano mostra crescimento dos católicos em África e na Ásia
Anuário Pontifício 2024 dá conta de uma diminuição do número de crentes católicos na Europa. Vocações ao sacerdócio também diminuem
O Vaticano deu ontem a conhecer os dados relativos Annuarium Statisticum Ecclesiae 2021 e pelo Anuário Pontifício 2024 editado pelo Departamento Central de Estatística da Igreja.
Numa tendência que se vem a acentuar nos últimos anos o número de batizados aumentou no período em análise, 2022, com aumento significativo em África, com mais 3% batizados. Hoje existem 1.390 milhões de pessoas a declarar-se católicas quando em 2021 eram 1.376 milhões.
Os dados mostram mais bispos nos continentes asiático e africano e diáconos permanentes na África, Ásia e Oceânia, diminuindo as vocações sacerdotais, os padres (menos 142 do que em 2021) e os religiosos e as religiosas.
Numa Igreja católica cada vez menos eurocêntrica, onde a Igreja enfrenta uma clara estagnação (mantém os números do ano anterior com 286 milhões de europeus a dizerem-se católicos), a catolicidade estende-se hoje a África, onde o catolicismo cresce 3% em número de crentes e 3,2% em número de sacerdotes. Também na Ásia a Igreja católica apresenta crescimento de 0,6% e o número de sacerdotes aumenta 1,6%.
Em África existem sensivelmente o dobro de seminaristas do continente Europeu (34.541 contra 14.361), tendo aumentado 2,1% contra a quebra de 6% de seminarista na Europa.
Na América, com claro destaque para o centro e sul do grande continente, existe um aumento ligeiro de católicos (0,9%) uma estagnação no número de sacerdotes.
Num momento em que se analisa, um pouco por toda a Igreja, o papel e o lugar do diaconado permanente, este ministério apresenta um crescimento global de 2%.